Penetra-me
Sem a
poesia
Dos dedos
Penetra-me
De falo
hirto e farto
Em chão
de alvoredos
Penetra-me
Gota de
chuva maresia
A rasgar
águas do parto
Dança
invocando a magia
De um
espasmo nascente
De um
orgasmo nubente
A
humedecer aridez
A pele
quente da nudez
Da dura
excitação
E os
olhos a arder
De fogo prazer
A flor
endurecida
Em gozo
penetrada
A sentir
se morrer
Da fome
apetecida
Da
vontade provocada
Do desejo
a crescer
Em orgia
de sentidos
Na chama
de gemidos
Que a faz
endoidecer
Fogo
manso que a invade
Em vaivém
a estremecer
E se vem
sem querer
Fogo
rubro que já arde
Num roçar
humedecido
A
escorrer o sentido
No leito
da sagração
O último
suspiro vivo
Da morte
em negação
...
musa
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