AO AJUDANTE DE FERREIRO
Recolhes a água fria do poço do desejo
Dominas fogo que arde entre pernas de ferro aço
E brilha alaranjado lume magia chama cansaço
Que bate o malho na bigorna da boca o beijo
Torces de carinho o corpo todo ferro forjado
Alimentas a fogueira de incendiado carvão
Qual inferno onde arde gozo lenha de pecado
Fogo aceso no olhar húmido de imenso tesão
Seguras excitado metal vermelho incandescente
A força que divides com as mãos do ferreiro
A pele suada a ferver trémula vibrante quente
Há nos teus lábios doce odor de carnal prazer
Intenso vivo ardente endoidece o corpo inteiro
Faz as pernas os sentidos o olhar estremecer
...
musa
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