GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PERFUME DE PARIS

Deita sobre o corpo perfume de Paris
Como quem diz
Da maciez da rosa
Pétalas de cor aveludadas
E o teu cheiro
Poemas e prosa
E o grito derradeiro
Das nossas mãos entrelaçadas
Deita sobre ele
Pétalas brancas rubras rosadas
E toda a luz de uma cidade
As cores de uma paleta
O grito de saudade
Em odores vitrificados numa roseta
E a ferida aberta
De um poema a morrer
Pelo amor que ficou por fazer
Deita sobre o meu o teu
Enrola os teus dedos
Na penumbra húmida do meu ser
E o beijo que aqueceu
Os nossos olhares e os nossos medos
Apenas quis dizer
Que a última pétala da rosa clamor
Foi luz
Perfume
Sedução
Em cheiros e cores
Voláteis odores
De tantos sabores
A ilusão de sentir numa flor
Leves seios ondulados
De ciúme
De amor
Onde apenas demora
Traição
A verter pelos olhos azulados
Onde mora
Tanta solidão
...
musa
in “Penas da alma para a mão” Papiro Editora

terça-feira, 3 de maio de 2011

AMA-ME

Na pele profana manchada de sémen
Com marcas de dedos esgotados de prazer
Na chama acesa da boca humedecida
Olhar arrasado quase a desfalecer
Na flor do corpo amada sentida

Ama-me a rosa desabrochada dos teus fluidos
Ao toque estremecido da pele embevecida
Na ponta dos dedos da mão entorpecida
Gasta de beijos em todos os sentidos

Ama-me dos pés ao sopro da respiração
No afago dos cabelos molhados de suor
Abrindo valados de ousada excitação
Rendidos ao prazer de assim fazer amor

Ama-me o peito os bicos dos seios tesos
Na planura da pele embalada de desejo
Carícias florescendo nossos olhares acesos
Pela fogueira explodindo doce beijo

Candura inebriante de corpos seduzidos
Amados no colo de doces palavras excitantes
Por caminhos de loucura conduzidos
No trilho insano de todos os amantes
musa

RENDADO DE SENTIDOS

Há odores líquidos escorrendo num rendado de sentidos
Corpos suados tremendo de loucura excitação
Inebriante sentido em gotas de pele prazer
Molhando teu olhar de desejo
Humedecendo tua boca de tentação

Sim… palavras quentes murmuradas nos ouvidos de cada um
Fantasias inusitadas dançando na mente afogueada
Há duas línguas que se procuram
Mãos que exploram os corpos suados
Bocas que se desejam em mil vontades
Provar de todos os líquidos, sucos e sabores


Vontade de... ser-te esta noite manjar sobre a pele... mais logo devoro-te...

Vontade de te
Beijar
Lamber
Apalpar
Penetrar

Neste momento iria calmamente lamber o teu sexo, língua e dedos para sentir bem o teu sabor…

Desinquietas-me…

Hoje estou um pouco ordinário sim… louco nas palavras mais mundanas do sentir…

Também me desinquietas e dás tesão imenso nesta sedução de nos fruir… a dois…


Não resistem as saudades
Trémulas ânsias ao desejo
De acolher o teu corpo
No abrigo meu peito
Acolho-me no portal do teu olhar
Recolho-me na ombreira
Serena do teu ventre
Sorvo deleite
Do teu ser...
Mais abaixo
Onde desassossegas
Todo o teu querer
Nada mais importa
A fraqueza dos gestos
Que atraem seres
Ao prazer
Desejo
Tesão

Importa sim é tu sentires as vontades impregnadas nas palavras
E dos sentidos teres parte do sonho que une nossas mentes nesse prazer de sonhar...

Nisso não há problema, sinto a vontade, o meu corpo sente a vontade.
Cada vez que leio as tuas palavras visualizo os nossos corpos unidos pelo desejo

Imagino as minhas mãos a percorrer o teu corpo nu

... por seios e valados contornos e montanhas essas tuas mãos orvalhando a pele de mil e uma tentações...

Penso em ti...

A tua pele é suave como a seda
A tua pele tem um sabor doce e salgado.
Uma mistura de sabores que aumentam o prazer

Os teus bicos duros esperam pela minha boca que os vai mordiscar e chupar

… desassossegas-me...

Tu também

Queres percorrer o meu mastro com língua e mãos?

... entre os teus joelhos a tua mão segurando meus cabelos
Fêmea selvagem crina ao vento
Rédeas ao teu comando teus olhos vibrando
Desejo em correria no gume da língua solta
Sobre o teu falo fio de saliva
Desprende teu gozo arrepiado
Dócil nas minhas mãos
Vai e vem num galope prestes a explodir...


A explosão vem pouco depois
Ondas de prazer antecipam sentir
A saída da minha seiva
Não aguento, não quero aguentar
Estou prestes a deitar tudo para fora

Para onde pergunto-me
Na tua boca?
Entre os teus seios?
No resto do teu corpo?


... um rasto de gotículas marca território sobre o corpo ensandecido....
… quero mais...
Da masmorra do vulcão ergue-se túrgido endoidecido
Vai pingando ventre seios pescoço
Derramando sobre os lábios leite espumoso de tesão...

Agora estou cheio de tesão
Porque te estou a ver
O leite derramado nos teus lábios
Selo a explosão com um beijo na tua boca
Mas a verdade do beijo…
… é que as tuas mão recomeçam a acariciar
O meu pau que vai ficando duro.

Desço com  a boca, perco algum tempo nos seios
Desço novamente em direcção do teu sexo latejante

Incendeiam-se odores vitrificantes na platina das peles coladas
Vibram excitadas nas mãos desbravando novos caminhos
Bocas sexos afogueados dançam em chamas de tesão...

... sinto a tua respiração perto de mim...
Nas minhas costas o bafo quente da excitação
As tuas mãos dançando na minha pele
Ao ritmo do teu sexo desenfreado
Como te sinto excitado e duro
Molhando de fogo o frio do tesão
Que habita entranhas escaldando
Pelo teu mastro erguido vitorioso
Nessa penetração...

Excitadíssimo...
Vontade de beijar-te toda da cabeça aos pés
Vontade de te deitar de costas, pôr as tuas pernas por cima dos meus ombros
E penetrar-te…

Escorrem sentidos em cio faminto de bocas mãos olhares pele com pele num suor tépido resvalando curvas de corpos excitados...

Estou excitado

Gostava de poder teletransportar-me para junto de ti e apertar os teus seios, descobrir as tuas coxas suadas… teu sexo molhado teu corpo suado sedento de prazer…

Eu tenho algo frio por debaixo das calças. Terei de ir ao wc e acariciar-me… pensando em ti?

… excitas-me...


Fazes humedecer sentidos rendados
Bicos enrijecem debaixo da blusa transparente
E as coxas suadas colam-se a cadeira
Num aperto contraindo excitação...

… quero-te...

Tesão comanda-nos ensandecidos
Saboreio o teu sexo novamente
Sabores intensos de sal e mel
Néctares que me dão prazer
Os meus dedos exploram
Levo-os húmidos até à tua boca
Para que os chupes

Agora quero penetrar-te
Bem fundo
O meu caralho precisa da tua cona…

Perdidos retomamos os mesmos caminhos
Guiamos mãos desbravando poro a poro
Molhamos de beijos contornos corporais
Amamos insanos de sagrados e profanos sentidos
Desencaminhados e destemidos
Gozamos infindáveis prazeres
Para nunca mais sermos iguais
Donos de nossos quereres
Sempre mais e mais
musa

DESEJO NAUFRAGO

Quantas vezes andaram à deriva
Estas palavras náufragas de ti
Quantas vezes senti
Onde te deixei
Onde te perdi
Onde te amei

Serão precisos mares revoltados
De vagas incendiadas de sentimentos
Barcos de cascos rasgados
Velas rasgadas de ventos
Cascos afundados
Mastros quebrados
Ondas momentos
Onde te senti
E talvez perdi

Desejo naufrago tive de ti
Afundada em poesia
Poema em pedaços parti
Para lhe tirar a nostalgia
E dos desejos mais fundos
Da carne da alma fundeada
Em vales de mares profundos
Aceitei tua ausência anunciada
Renunciei a vontade amargurada
E das palavras em poemas dispersos
Fiz uma jangada de amor sentido
Fui lembrando esse mar em versos
Onde te havia deixado perdido

Não sei se agora te reencontrei
Paixão de amante ou de amigo
Mas as palavras com que te amei
Ainda são teu doce e terno abrigo

Vou ficar esperando
Qual sentinela frente ao mar
Os olhos que vão navegando
Na escuridão para te reencontrar
E nas palavras trazer-te de volta
Para esta poesia de sentidos
Onde o desejo anda à solta
A vontade é uma paixão
E firmes de todos os perigos
Voltamos a dar-nos a mão
musa

segunda-feira, 2 de maio de 2011

LÁBIOS DE MOSTO

Faço-me vindima na tua boca
Advinha a minha língua o cacho
Uva madura fervilhando
Onde te tenho guardado
De prazer esperando
Doido excitado
Lábios de mosto
Corpo disposto
Ao prazer
Tesão

E de cepa em cepa colhes excitação
Cada bago fermenta delírio
Cacho de uva madura
Cor rubro martírio
Mosto de loucura
Doce sumarento
Néctar violento

O teu corpo sedento
Bebe do meu humedecido
Por fora molhado seco por dentro
Treme desassossegado louco sentido
Trepida na ramada do teu olhar
Estende os braços trepadeira
Querendo os teus abraçar
Nas traves suspensas de madeira
Onde a tua vontade se estende
Como amarras nessa videira
Em pele melada de cio intenso
De beijos afaga e surpreende
Desejo que cresce maduro imenso
Pronto a colher na boca que o prende
Dócil orgasmo frágil suspenso
Em gozo sagrado profundo
Ritmo vindimado explosão
Onde de prazer me afundo
Tonel de ternura e paixão
Bebedeira de amantes
Desinquietos distantes
Do amor do coração
musa

SEIVA AMANTE

Bebe-me mansa
nas pétalas doces da tua boca
sente macia húmida a lança
corda em trança da forca
carrasco do teu olhar

doido por me matar
numa bebedeira até doer
sorve-me de prazer
até eu gritar

e deixa-me desfalecer
até querer outra vez
e te pedir talvez
bebe-me em golfadas
rindo do líquido escorrendo
morde-me às dentadas
mesmo que esteja doendo
degusta-me de loucura
sobre o prato esquentado
da tua pele aromatizada
com ervas de ternura
e um fio de mel coado
na boca caramelizada
de humidade frescura
sacia-te dessa vontade
com gosto a felicidade
deixa-te ser doce
pecado mau pedaço
eu queria que fosse
néctar cana melaço
bebida inebriante
saliva da tua boca
sede seiva amante
morango e chantilly
beijo sedutor
como o que hoje senti
da boca do meu amor
...
musa