Delírio flamejante sombra
Inunda intimidade dele
O meu na cama assombra
Sinto-lhe respiração
Evasão de sentidos
À flor da pele tesão
Martírios consentidos
Furtiva emoção
Corpos unidos
De paixão
Prazer
Na sagração sombreada do sentir
Meia nudez vontade transparecer
Em golpes de desejo mais profanos
Rogo-te rasga-me faz-me vir
Pelos teus dedos mundanos
Faz-me inteira de prazer
Rameira dama senhora
Da tua boca receber
Gozo que não demora
E chega de mansinho
Sem tempo sem hora
Rasga caminho
Por toda eu
Leva-me ao céu
Ao paraíso
Perco juízo
E já a vir
Volto a pedir
Beija-me o mel
Na escuridão
Solta o tesão
Sobre minha pele
Sabre a tua mão
Em golpes delinquentes
Sobre as coxas quentes
Inunda-me de suor
De sémen lavanda
Fluidos rituais
Desejo que comanda
Gemidos doces ais
Lábios cerrados
Corpos arqueados
Tez humedecida
Boca apetecida
Falo salivado
Bicos de peitos duros
Sexo abocanhado
Dedos maduros
Num banho de céus
Corpo cansado
Em sombra de véus
Sobre a cama deitado
Meio despido
Meio amado
Meio sentido
…
musa
3 comentários:
Maravilhoso poema!
Transborda de sensualidade e inspiração.
Beijo grande
Grata em poesia de sentidos...
Uma Florbela Espanca sem melancolia, apaixonada e entregue de luxúria e alma, de vinho e gozo.
Parabéns pelo blog! Voltarei mais vezes!
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