GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

terça-feira, 4 de setembro de 2012

NO TEU GRITO


por toda a sedução excitação e desejo de um fim de tarde em cumplicidade secreta...

No teu corpo entranhada
Fundida de sentidos
Regurgitando inseminada
De todos os fluidos consentidos
De murmúrios sussurros pedidos
A pele vibrante e excitada
Em clímax quase a vir
Implora a última estocada
Por dentro o teu grito sentir
A carne e a vontade rasgada
Em loucura de intenso tesão
Na boca no beijo na mão
Querer louco emergente
Húmido vibrante quente
Rosto e peito contraído
Corpo no leito perdido
Tanta a doçura de prazer
 Para num grito satisfazer
Um todo e só sentido
O teu apelo correspondido
 Em íntimo transcender
musa 

domingo, 2 de setembro de 2012

FLOR INTIMIDADE



ao João… num jardim de sentidos para além do mar morto há uma flor buscando a tua intimidade…


Permito o grito fundo
Enigmático aflorar
Húmido profundo
Doce amar

Na flor do teu dedo
Vibram estames excitados
Corola em segredo
Pétalas dedos molhados
Humedecem a seda nua
Fazem-me docemente tua
Sobre calor do leito
Branca seda lua
Aquece o peito
Teu deleite

Sem que eu aceite
Cobres-me de prazer
Pálida nudez
Cálido ser
Doce tez

Pele suave pranto orvalhado
A tua mão de fogo acaricia
Sente o botão molhado
Verso de poesia

Chama intimidade
Louca sensualidade
Terna sedução
Cumplicidade
Doido tesão
musa

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

LUA IMPULSIVA


Não te esperava
Andando de quarto em quarto
A escuridão iluminada
Na claridade impulsiva
Essa vontade primitiva
Na praia abandonada
Clara luz das sombras sobre o mar
Rodeava as trevas do leito esparto
Nas areias humedecidas do naufragar
Dos sentidos à sumptuosidade do sentir
Rumo à escalada sem pedir
Quase nada

Era em sombra profusão
Em desassossegado tesão
No rumo dos teus lábios loucura
A boca imperfeita que procura
O sol dos meus sentidos
A minha pele desinquieta
Na lascívia secreta
Do poema que me deste
E em palavras me fizeste
Prazo mistério sedução
Musicalidade paixão
Ternura agreste
Doido prazer
Jazz poesia
Tua autoria
Meu ser
musa

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SE PECAR É AMAR... EU AMO


Provocas...
Afundas-me o sentir à flor da pele dos sentidos
Inundas-me...
Se pecar é amar...
Eu amo...
Sabes como me humedecer na secura das sensações
Fazes de mim mar
Desabrochas em mim por cada pétala humedecida
Mil vagas provocações
Vazas poros dos sentimentos em flor
Deixas-me rendida submissa perdida
Alagas-me...
Lá vai o rio inspirador nas tuas mãos de fonte
Desbravando as margens dos teus dedos
De ponte a ponte
Mil ondas de segredos
Inspiras-me...
Sou a fonte da tua secura
Nascente do teu sentir
Invado sentidos de loucura
Onde me sacio afluir
Doces afluentes
Mãos quentes
Provocação
Penetração
Perdição
És rio de tesão
Leito de mim
Sem fim
...
musa

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PROMESSA


Prometi dissipar todas as marcas do teu corpo
Tal como uma brisa soprando os poros
Uma caricia no dorso do vento
Procurando no topo a cereja
Na sensualidade do tempo
Que a minha mão deseja
Em pensamento

Prometi ao sal da pele a fruta madura
Curvar o desejo que o corpo sente
Promessa de sedução e loucura
Na pele húmida e quente

Prometi deixar-te deslizar
Na doce suavidade do sentir
No aveludado mar naufragar
Do olhar quando me vir
O teu profundo sereno
Dos lábios podendo sorrir
Em chão profano terreno
Nascente de todos os rios
Que a lava possa consentir
Aos pés desse mar Egeu
Em vales de sentidos sombrios
Neste corpo que da pele será teu
...
musa

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

FOGO LOUCURA


As carnes da terra trémula
Suspiram de prazeres atordoados
No vórtice dos sentires invocados
Acontece- te seres

Quanto de mim treme esse vulcão
Profanos insanos doces prazeres
Jorram os sentidos provocados
Do mais profundo tesão
Expelimos quereres desejados
Na lava húmida da nossa mão
Fogos acesos atiçados

E mais do que o sentido a vontade
Escorre o fogo da sensualidade
Em humedecidos beijos
Numa explosão de ternura
Saciamos nossos desejos
Em fogo aceso de loucura
...
musa

terça-feira, 14 de agosto de 2012

PRAZER ESPERADO


Sei que vens
Como a chuva humedecida
Na terra trémula do sentir

Sei que vens
No cio desgrenhado das árvores despidas
O chão verde saciado de chuva apetecida
Em grossas gotas orvalhadas prestes a cair

Sei que vens
Sinto-me assim em ti perdida
As mãos com antigas saudades sentidas
Sem nunca de ti ter que me despedir
Quente ardente de um prazer esperado

Sei que vens
Com todo esse sentir de gozo guardado
Deixando acontecer nascer fluir
Da chuva molhando cio provocado
A terra seca da pele em tesão
Humedecendo de excitação

Sei que vens
Já sinto o cheiro da terra molhada
O ar aromatizado do teu odor
Nuvens de caricias da tua mão
O céu despertado de sabor
Num degustar de beijos
Na fome de todos os desejos

Sei que vens
Saciados sentidos de louco amor
Deixamo-nos perdidos em cama de segredo
Somos água e terra fundida de vontade
Brisa de folhas sussurradas a medo
Por gotas de chuva caindo em sensualidade
Num manto escurecido de alva ternura
Prazer esperado de insaciável loucura

Sei que vens
Provocando diluvio e sol no meu ser
Entranhas da terra formando um rio
A cada confronto fazendo-me vir e vir
Deixando escorrer todo meu cio
Desabrochando de imenso prazer
Fazendo-me ser e sentir
Num intenso tesão
Sentida emoção
musa

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

SAL NA PELE


Secarei todas as salinas da tua pele... poro a poro
Rompidas neblinas de beijos proibidos
Jogos escondidos de olhares e mãos
Por entre eflúvios almiscarados...
Néctares pluviosos de odores perdidos
Húmidos quereres provocados
Enchentes de sentidos
Transparências opacas
E rubores inflamados
No seio de vontades inconsequentes
Ousados sussurros
E atrevidos toques
Molhados e quentes
Deleite que provoques
Entre avanços nervosos e recuos tímidos
Misterioso sentir
Cerram-se os olhos
Num longo repartir
Perante novas descobertas
Abrem-se os suspiros
Voluptuosas névoas secretas
Delírios de uma lua nova no céu da tua boca
Constelação de sentires no teu regaço
Palpitar de desejos profanos
Um universo de emoções
E músculos entumecidos insanos
Movimentos traiçoeiros de monções
À nossa flor da pele dos sentidos
Dedos que parecem percorrer um mapa
Fazem correr rios invertebrados
As minhas mãos nas rotas do teu corpo
Fogem e escorregam loucos e apressados
Tato de pontos cardeais em movimento
Loucuras perdidas entre belas colinas
Escarpas assoreadas de meiga humidade
Escorrem e fluem nervosas até esse vale
Dançam no sal da tua pele levantando crinas
Sombras abraçadas em sopros de vento
Brisas geradas entre delicados tremores
Agitam o pensamento
A terra treme de amor
O tempo urge
Céus em diluvio
Paixões em uníssono
Acende-se o fogo
Ardor sem dor
Ardem lágrimas de contentamento
Esplendor dos sentidos
Cume do sentir
Chama do lamento
Pináculo do indizível
Templo das palavras
Bonança que assoma
Sensualidade que se estende
Desejo que assim se deita...
Rumos desencontrados
Esvaziar que a tudo enche
Vórtice que tudo engole
E alma que enfim descansa
Caminhamos...
Sem dar um passo
E o que haverá do outro lado
Paz... e…
Gosto do mistério
Daquele que ainda nada sei
Mas sinto
Que de mim já tudo sabe
Sentindo
Tudo pode acontecer
Eu sinto
Fome
Palavra traiçoeira
Tudo tem um recomeço
Se as forças não faltarem
Que nada te falte
Uma caricia
Ou um bife
Acho que vais escolher o bife
Saciariam os meus anseios
Sou telepata
Esqueceste
Sou um romântico
Uma aventureira
Esqueci por breves instantes...
Lembro todo instante
Confesso que o bife demorará mais a chegar onde a caricia se instala
Fecha os olhos... e sente...
Uma mão ateia o teu rosto ensinando caminho ao sentir
Fogueira que se acende num dedo que caminha no contorno do teu perfil
Só um?
Chama que se apaga na humidade dos teus lábios
Talvez nasçam outros perdidos no salivar da emotiva conquista
Não faleis em salivar
Dona dos meus apetites
Que nos perdeis aos dois
Quanto palpita o teu coração
Deixas-te ir no galope dessa revelação
Palpita mais o estomago
Dou-te assim tanta fome
Aqui estivesses assim saberias
Instintos fatais
Poço de segredos
Dias não são dias
Fome esganada
Vai comer homem
Nem Bocage foi tão claro
Como? Se me tirais a comida do prato!
Sacias me de riso acordas outras fomes
És duro de roer
Pois com os olhos não se aquieta o palato...
Nunca pelo prazer da carne se saciou o estomago
Tremem me os dedos...
Sentem no tanto os talheres
Já me chamaram vulcão mas desconhecia o tamanho da minha magnitude
Mesa farta
Que esta mulher tanto me aparta
Nunca chegarei perto dos teus sentires
São-te teus o sentir e a inquietude
Triste sina ouviste Deus assim o céu me e negado
Não tragas divindades para nosso altar de sentidos
A santidade e o pecado
Quem sabe atenderei tuas preces
Que tal devoção sem dúvida mereces
Devoto de...
Boa cama e boa mesa
Cuidado com as rimas que impões
Só falei em sobremesa
E é depois do almoço
Sobre a mesa seja se assim vos aprouver
Bem me parecia que me esperava um altar
Falta saber se de tortura ou de prazer
Tanta devoção não escolhe local para rezar...
Fiel devoto
Já manejas bem as tuas armas de ataque ao prato sem tremelicar
Algum engenho me há-de ajudar...
A tua arte agrada-me
E a mim delicia-me onde a tua se esconde...
Já me encontraste
O gps diz que ainda não
Nunca confies em máquinas
Segue o teu instinto
Instinto fatal que a lado algum me leva
Desassossegado e faminto
Acho que vai ter que ser a tecnologia mesmo
Gostei deste bocadinho... tenho 15 mn para ir comer alguma coisa
Beijo poético
Beijo danado
Que venha com asas
Para levar outro de volta
musa

sábado, 4 de agosto de 2012

SERENIDADE



Alimentas cálice de serenidade
Sémen sagrado enleio sentir
Altar profano de cumplicidade
Vens-te sereno sem eu te pedir

Sossegas corpo e alma turbilhão
De todo gozo deixado acontecer
Numa prece de loucura e tesão
Rogamos na pele súplica de prazer

Tantos dos nossos sentidos desfeitos
Onde não cabe o amor profanidade
Cumprirei contigo todos os leitos
Até ser eleita na tua santidade

Meretriz do teu desassossego
Senhora da tua inquietude
Companheira do teu segredo
E dona de uma só virtude

Serena desprendida do pudor
Arvoro em ti uma solidão apetecida
Faço-me do teu querer fazendo amor
Contigo sou e sinto-me compreendida
musa

sábado, 21 de julho de 2012

TRINDADE DO SENTIR


Há fumo branco nos meus sentidos
A carne e a alma deliberaram
“Habemus corpus”
E em espirito cativaram
Todo meu sentir

O corpo a alma e os sentidos
Numa trindade comprometidos
Sublimam o ser
De emoção consentidos
Partilham o prazer
De todos os gozos vividos
Que possam acontecer
Em união envolvidos
De sumo viver

Numa prece com sentidos
Ao altar da sensualidade
A pele em oração sagrada
Ora de desejos com saudade
Nessa alma profanada
Pela carne majestade
Entregue à vontade
Sedução intimidade
Cirio aceso fogo brando
E todo um bando
De aves soltas beijos
Pura intensidade
Feita de caricias e desejos
Doida sumptuosidade
Luxuria trindade
Meiga corporalidade
De todo meu ser
Feito prazer
musa

quarta-feira, 11 de julho de 2012

JAM FANTASIA


Para o João… nas tuas mãos sou melodia…
No teu sentir sou Poesia…
Grata pelas mais de 35000 visitas ao Blog musarenascentista

Em teu silenciado olhar
Sopro do teu sentir
Na ponta dos teus dedos
Fazes-me ser mar
Fazes-me vir
Fazes-me suar

Já não há segredos
Nem eu tenho que te pedir
Conheces-me as farsas e os medos
O rosto sério e o sorrir
O sinal para me amar
Sim… sem eu ter que te pedir
Num Jam silenciado
Qual desambiguação
Nosso olhar provocado
Desejo e tesão
Soltamos vontade
Qual improviso
Gozamos felicidade
Perdemos o juízo
Pura sensualidade
Doido sentido
Ouve-se um jazz
Teu meu gemido
Intenso prazer
Imenso desfalecer
Quem de nós dois
Tudo começou
E ainda e depois
Em leve sussurrar
Docemente imaginou
Onde recomeçar
Corpos suados
Jazz emocional
Dedos ritmados
Num acorde sensual
Jam fantasia
Doce melodia
Ternos ousados
Voltamo-nos a vir
Deixamos sair
Sal e mel
De corpos cansados
Suados na pele
Em todos os sentidos
Os mais primitivos
Num Jam de prazer
Morremos a viver
musa

O CIO DA FÊMEA


A lua cheia dentada, a minguar o propósito desconcertado no imenso silêncio que unia os dois em pensamento satisfeito de missão cumprida, no todo seu esplendor emoldurava a escuridão alheia a todos os sentidos. Era o fim da viagem. A incursão furtiva que deixara rasto do cio da fêmea na toalha impregnada de fluidos pingados de intenso tesão saciado na loucura desse querer que assim acontecia sem querer.


Admirava questionar-me sabendo todas as respostas, sentir o auge de todo esse prazer partilhado numa afetividade onde o amor a paixão o encantamento eram apenas fruto da hegemonia potente da sensualidade emanada em suor saliva e sémen, a causa e efeito dessa atração furtiva que esporadicamente unia corpo e alma e sentidos.

A viagem de regresso fazia-se debaixo de um céu de estrelas que não havia, tal o esgotamento provocado à escuridão pela luminosidade dessa enorme lua possante, na continuação imaginada de toda a vontade tomada na pele morena sob a pele de ébano, translúcidos desejos aflorados, os mesmos que sempre aconteciam em preliminares saudosos cortantes surpresos, despertando fomes antigas, seduções mantidas no anonimato secreto do que não era para acontecer mas que a magia da provocação inebriava de tal forma pela cumplicidade permitida que silenciados pensamentos abriam caminho ao encontro fatal de pele e sentidos.

Eram sombras secretas formadas no segredo de silhuetas intimidativas planeadas no mistério primitivo do acasalamento, fêmea e macho em rituais de cio e território.

Na iniciativa dele, intransmissível intimidade, dedos eram convocados ao desfolhar de suaves caricias, roçando felinamente como línguas humedecidas em alisamento do pelo selvagem, na docilidade desse sentir e consentir, pétala a pétala, deslizavam ternurentos na humidade quente que arroxeava o carmesim da mucosa excitada iniciando o rito do desfloramento em provocação da haste masculina, criando desejo quase desespero em intensa penetração, inundando a corola trémula e vibrante, rios de prazer escorriam nas vertentes falanges palpitantes da gruta explosiva de estalactites a pingar de emoção, breves espasmos faiscavam iris escaldantes, num derradeiro afloramento, a fenda compromissada recebia o jato leitoso de polme de estrelas crepitantes, e um rasto de cio impregnava a via láctea que mantida em segredo, iluminava horas insones de um universo solitário em noites de lenta excitação de lembranças nostálgicas, qual macho perdido da humanidade em busca incansável de consolo e satisfação, inspirava o cheiro carnal da fêmea em cio, em noites solitárias.

Nunca te disse. Renovas a cada instante o instinto de vida apaziguado na insatisfação do sentir.

Acordas a fêmea adormecida no limiar dos sentidos e… fazes-me feliz como uma lua renovada.



musa