GRÃO DE MALÍCIA

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Miramar, Norte, Portugal
GRÃO DE MALÍCIA … poemas escritos de desejos e divagações... onde está a poetisa... que vai escrever os poemas memórias de sentidos tidos… onde está a poetisa...que escreve poemas, nua ao pé da cama, que os interrompe para beber inspiração? … sou apenas quem está mesmo por detrás de ti... com a boca colada ao teu ouvido, segredando-te pequenas coisas que tu sentes...de olhos fechados. ana barbara sanantonio

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

VERSÁTIL EROTISMO


beijo... quente... ousado...
saboreado a dois… entre palavras
numa dança de sentidos… sente
uma moura encantada na tua noite...
dançando flamenco esvoaçando entre véus... vermelhos
delirante sapateado sobre o teu corpo
trazendo imagens do que já sentimos como reflexos de espelhos
do que fomos abrindo asas sobre a pele dos céus
em voos rasantes sobre a pradaria dos nosso corpos
sentir como gostaste de me sentir forte em ti
qual garanhão amansando a fêmea...
e a fêmea sentindo o poder do seu macho
e o cio e o sémen numa fusão de pele e sentidos e o poder do sentir...
ardendo em desejo...
intensas e fortes estocadas... e ousado o beijo
o teu sentido de posse... o doce arrojo de macho
entre velas acesas degustada sobre a mesa em beijos de renda
e tu… numa passividade contida… sendo a minha prenda abrindo-te para o teu macho... a voracidade de fêmea em ser comida...
consentida... a tua espada em cadência do meu desejo...
rasgando a tua pele... louco ensejo
fundindo amalgama mel de prazer nas entranhas e no olhar
encaixando os sexos desejosos...
enterro-me em ti... espirituosos
sentes o vigor da minha penetração
como um fim de tarde em rubros tons incendiados aceitando a noite nessa fusão sinto a vontade da tua inquietação domar-me de excitação...
humm... provocando-te o desejo do clímax... da sensação extrema
como chuva miudinha caindo do céu da tua boca... da tua pele serena em provocada sedução...
o sabor do meu sexo... pingos salgados de prazer...tocando a tua pele...
doces odores acalmando o corpo semeado de toques em aplacado desejo e mel
pele rosada... do fluido do sangue que transborda de prazer
macios recantos na luminosidade da tua mão incendiada fazendo sentir… querer
desenlaçando veias vibrantes de fogo preso possuída de vontade no sexo aceso...
debruço-te...
sentes o meu sexo a palpitar contra ti... latejante…
serpenteias… lateja de sentir e desejo delirante
enterro-me em ti sem aviso
intenso... forte...
domando-te
possuindo
voraz aplacável possessivo somente sentindo
segurando as tuas nádegas contra mim
sentido a estocada no fundo de ti
levo a marca do lado obscuro da tua posse
leve reprimenda de desejo... que senti
sentindo o teu macho
a fome desperta em fogueira de loucas labaredas fazes-me sentir como me desejas...
invade-te a sensação louca da posse...
nos seios desnudados procuras a pele que cubra a tua mais insaciável loucura
és minha naquele instante de emoção e ternura
faço-me na dureza da tua língua na ponta dos teus dedos desflorando pecados escondidos
procuro desflorar todo o teu corpo...
busco prazeres obscuros em ti entre olhares pervertidos
faço-me flor desabrochando pelo teu olhar que me tem despida e nua perante ti em instantes perdidos
nos teus olhos há reflexos de desejos renascendo...
loucos desejos... florescendo
fome de ti...
hummm
recordando horas de um tempo já vivido...
e delicioso e voraz tempo esse consentido
na descoberta na surpresa no embate de sentidos
na audácia...
no tesão....
na malicia…
no tesão
no desejo...
na loucura que deixamos acontecer
hummm
sinto tesão em mim agora… doido prazer
quero-te...
vontade de foder contigo agora
...
hummm... assim com intensidade
musa versus Braço do Douro


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

OBSCURIDADE SENTIR


É noite deixando orvalho de sentir
Nos poros reluzentes da pele suada
Há uma luz coada a refulgir
Lua que nasce iluminada
Corpo por cumprir

Poema obscuridade de sentir
Onde as sombras se enlaçam prazer
A pele macia seda pura doce loucura
Em rituais de danças a florescer
Na pele riscada por florir
Veios de amor e ternura

Há dualidade escuro e claro
Na tez embriagada de tesão
O corpo inteiro reclamando por um falo
Em sulcos humedecidos de doida excitação
musa

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

@dos SENTIDOS


@dos sentidos...
^
ensino-te uma direcção
um endereço de prazer
um caminho de tesão
até te endoidecer

envia-me mail dos teus sentidos
sensual ponto com muita vontade
deixar-te-ei penetrar de gemidos
onde carnal querer se faz saudade

@dos sentidos em doce gratificação
virtual caminho da nobre sensualidade
devorar-te em palavras de sedução
excitada mensagem fogosidade
...
musa

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

SINTO-ME


húmida quente excitada trémula ousada
mais desnudada pela tua dócil insistência
em fogo vestida de lençol vermelho rubro
com que minha nudez do teu sentir cubro

meu corpo todo de sensualidade indecência
perguntas como te sentes hoje doce musa
eu respondo a essa tua atrevida impaciência
sinto-me deusa fêmea mulher sensual medusa

que jamais doutrina alguma estudo ou ciência
soube decifrar códigos terrenos da excitação
na sua fonte fogueira fogo da calorescência

e na experiência do sentir com todos os sentidos
sublima o êxtase supremo da vontade e do tesão
nos mais emotivos e sensíveis gozos entendidos
musa

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

SONETO DA SEDUÇÃO


Na pele quente de arrepios suada
Em cada poro guardas teus segredos
Provo acaricio minha doce amada
Na embriaguez húmida dos desejos

Num esgar de rebeldia e sensualidade
O sangue quente em aturdido querer
Desponta na loucura da virilidade
Alvorada insana de feitiço prazer

Provo do teu beijo terno e quente
A boca vulcão de lava incandescente
Que fogo lento dos corpos consente

Sensual sentir sublimes horas divinais
Que sexos e bocas devoram virginais
Dos prazeres terrenos profanos carnais
musa

DOCE MOSTO DE SEDUÇÃO


Hoje far te ia um poema
Com resquícios do teu gozo
No teu olhar no teu sorrir o dilema
Há todo um desejo desse sentir
Hoje sabendo o teu gosto
Sei a que sabes na minha boca
Sei como me deixas louca
Inebriada de selvagem mosto
Cumprido na vindima do desejo
Sentido na boca o beijo
Uva do gozar reposto
Casta inebriante de doce amante
No sossego irrequieto do prazer
Na caminhada trémula distante
Onde sentes todo meu ser
Em grata e leve inspiração
Há no canto da boca gozo teu
Húmido vinho rubro tesão
Há no teu rosto um gemido meu
Doce mosto de sedução
Vinho dos deuses lá no céu
Em prece em oração
musa

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

NO TEU MEIGO SENTIR


Na obscuridade do desejo em flor
Na luz obscena de quatro paredes
Na pele enrubescida de doido amor
Na orelha mordida onde tu segredes

No teu meigo sentir nada me impedes
No teu doce tesão deixas permitir
No teu olhar loucura tudo me pedes
No teu prazer fazes-me consentir

É um corpo manso onde te deixas abrigar
Em grato descanso amainas teu sentir
É a pele dos sentidos que ousas amar

Há em ti meiga ternura que desconhecia
Fizeste do meu corpo poema sem eu pedir
Há nos teus gestos lentos húmida poesia
musa

sábado, 5 de janeiro de 2013

DESEJO FOGO


Másculo húmido desejo fogo
Entre palavras cumplicidade
Fazemos os dois o mesmo jogo
Nesta doce teia virtualidade
Homem cuspindo rubras chamas
Prendes-me aranha no teu querer
A minha pele meu cio reclamas
Rompes das águas homem de fogo
Trazes nas palavras doce prazer
Sou na tua teia presa do jogo
Chama acesa fogo a arder
Água solta em vagas de tesão
Na fina areia molhado lodo
Brincas de sentir louca excitação
Afagas-me onda imensa sedução
E os dois prendemo-nos desejo
Rodamos de sensualidade fantasia
Só já queremos provar do beijo
Que se escreva na pele poesia
Caminhos de profano ritual
Humedecidos de mel maresia
No fogo aceso insano carnal
Não sei quem o jogo vai ganhar
Neste mar imenso descomunal
Queres de sentidos naufragar
Homem que se atira ao mar
Com garra com força de animal
E no meu corpo deseja marear
musa

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

SEI (… sabes… para ti)


Sei do teu desejo
Igual o meu
Ávido beijo
Excita-me o teu desejo
Fêmea esperando o macho
Instante ensejo
Flor vermelha
Cio centelha
Coxas quentes esperando o meu corpo
Para se abrirem e revelarem a origem do mundo
Rara flor em misterioso horto
Onde me enterro e afundo
Beijo te

Sei do teu sentir
A origem do mundo
Nesse combalir sereno profundo
Despe-me com a tua boca
Exalando fenos agrestes
Flores silvestres
Escarpas salgadas
Suores odores
Exóticas algas
Sopros amenos sobre areias lavadas
Pingos de chuva em doce prado
Areal humedecido
A tua língua o cardo
Despertando o meu sentido
Beijo te
musa

domingo, 30 de dezembro de 2012

BALLET DE SENTIDOS


Concedes-me a dança do afago dentro de ti
Poetando entranhas que descubro de tesão
Em ballet de sentidos como nunca eu senti
Passos em ponta de bicos em doida sedução

As tuas pernas são cisnes rodopiando no lago
O tule desliza na água do teu corpo a escorrer
Em doces caricias murmúrios sussurros afago
Todo teu secreto segredo endoidado de prazer

Danças os sentidos na ponta dos dedos descobrindo
Todo teu corpo entregue ao ato de loucura
Flor da pele despida concedendo amando e sentindo

Na dança do amor eternizando cumplicidade
Passos em sensual comprometimento ternura
Desabrocha a flor na sua mais pura intimidade
musa

CORPOS ARDENTES


Tua pele vestida endeusada de adornos sedutores
Vestes que seduzem toda a alma e loucura de sentir
Humedecem de tesão em turgidos e quentes odores
Quando tocados parecem pétalas despidas a cair

São misturas de cheiros sabores bucais e fluídicos
Por entre rendas cetins fitas laços sedas e algodão
Em êxtase inebriante pele sentidos aromas púbicos
Escorrem o fogo ardente de arrebatada excitação

Os olhos faíscam brilham de um rubro fulgor intenso
Entre coxas há um tremor encoberto cratera vulcão
Um convite a um cheiro cio a que me dou e pertenço

Na lascívia luxuria dessa aragem cheirosa de um jardim
Perco-me em esfuziante sentir de estranha sensação
Emanante da flor do teu corpo cheirando a doce jasmim
musa

NO GALOPE DO TEU SENTIR


Em louco cavalgar num galope empolgante
A mão desce a seda a meia negra da perna
Resvala macia acetinada seda emocionante
Deixa a coxa nua arrepiada quente e terna

Por debaixo da pele negra da saia de couro
Brilha nudez despida do vidro meia rendada
A tua tez enternecida do preto sobre o ouro
Brilha a mão coberta de negra luva aveludada

Quase um sobressaltado galope esse do teu sentir
Dança erotizada em sensual caminho de sedução
Despes a meia para mim como se te estivesses a vir

E no sapato preto o pé da meia ainda calçada
Provoca frémito tremor endurecendo de tesão
A pele do corpo inteiro em nudez entrelaçada
musa

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

RUBI DE VELUDO


Há no meu corpo a luxuria do veludo
Vestida a pele como um rubi no anel
Há um tecido carmim macio felpudo
Tão outro sangue possa jorrar cruel

Matas-me quando me desnudas
Arrancas com a boca esse veludo
E rasgas com as mãos carnudas
A pele que me cobre quase tudo

Corpete prendendo meia de vidro
O negro sentir das coxas nuas
Dando prazer a nobre sentido
Pernas tão apetecíveis e cruas

É um presente de luxuria embrulhado
Papel rubi de veludo transparente
Tirar-te o corpete é cometer pecado
Que olhar seduz que a carne sente

Ofereces-te manjar loucura excitação
Apetece tirar essa pele a cobrir-te
Ver-te de vermelho que vontade tesão
Desnudar-te a pele e poder sentir-te
musa

sábado, 1 de dezembro de 2012

CONCEDE-ME


Concede-me a dança na ponta dos dedos
O pulsar vibrante desse sentir-te
Pele arrepiada contornos relevos
De prazer morder-te e permitir-te

Concede-me equilibrar-me sem cair
No teu corpo demorar-me sem pressas
Concede-me voltar e partir
Sempre que queiras e assim mereças

Concede-me o cheiro o calor e o pudor
O tato da língua no galope da boca
O golpe profano de te fazer o amor
Inundar-me de ti em fluídos e polpa

Concede-me o sabor o gosto o tesão
A carne saboreada de vontade e sentido
A dança equilibrada em loucura excitação
O êxtase supremo insano proibido

Concede-me devorar-te em paixão furtiva
Na fome do olhar em pulsante eternidade
Concede ter-te desejo beijo ensejo esquiva
E nessa cedência dar-te toda minha sensualidade
musa

domingo, 25 de novembro de 2012

SONETO DA LUXURIA


A carne a alma a essência a bruma encantamento
Levanta-se na pele denso nevoeiro luxuria de tesão
Intenso manto cobre das mãos em deslumbramento
Nas pontas dos dedos desponta de vontade iniciação

Demência algoz selvagem crepitar do fogo do vulcão
Há no olhar acesas faúlhas lascivas de libido salpicada
Em cinzas e labaredas fenece incandescente excitação
Caricia a caricia desperta em chamas a doce alvorada

Que euforia alaga de suor calor a pele adormecida
Em sensualidade premente poro a poro inatingível
Na clareira a barca a mão rema nas águas apetecida

Devoram-se no crepitar de sussurros da boca sentida
Trémula provocação da cratera em fogo inacessível
Jorra orgasmos de névoa sobre a mão enfurecida
musa

SENHOR DO TEMPO


Kronos erecto em poesia de sentidos
Toma-me do teu tempo falo insano
Senhor uivando aos meus ouvidos
O tempo em altar gozo profano

Senhor do tempo mágica excitação
Leviandade lascívia em dias loucura
Em horas de desejo e doido tesão
Na ponta dos dedos feitiço procura

Toma-me o tempo quando não és meu
Morro-me no tempo não sendo tua
Sabes o gozo desse azul sentir teu
Quando no tempo me tomas já nua

Senhor do tempo de falo erguido
No rosto contorcido veio vontade
Mãos a língua o olhar verga sentido
A pele brotando húmida sensualidade

Fazes do meu corpo horas de prazer
Dias acalmando tua fome mensal
Anos sussurrando na tua pele o ser
Do jeito que me tomas pureza animal
musa

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

COXA NUA DA NOITE


A coxa nua da noite
Em meia de silêncio e neblina
Estende-se aberta à minha frente
Em sombra secreta escura esquina
Estica-se contorce-se e se ajeita
Como ténue luz sem se ver espreita
Igual prazer que se sente
Quem comigo se deita
E em seda escuridão consente
Afagos de mãos nevoeiro
Trepando este corpo inteiro
Feito noite de todos os sentidos
Em curvas delírios contornos perdidos
Húmidos bafos murmúrios cheiros
Notívaga pele das coxas mansas
Em litania de suave sentir
Corpo lasso de que nunca te cansas
Nele de bruma e beijos avanças
Pelas mãos nuas sem nada te pedir
musa

domingo, 4 de novembro de 2012

POÉTICO ORGASMO

Delira no teu dedo

Poético orgasmo
Lira de segredo
No teu olhar pasmo

Clitóris vibrante
Arfar ofegante
Olhar delirante

Pungente sentir
Êxtase sideral
Convulsivo vir
Limiar do desejo
Afiado punhal
Corta o beijo
Química perfeita
Delirante inspiração
Carne e alma desfeita
Em gume de tesão
Escorre doida excitação
Nos dedos da tua mão

Cavaleiro do prazer
Nos trilhos aprendiz
Sabes como endoidecer
Sabes como fazer-me feliz
Em embriagado gemer
Boca com boca condiz
Na tua mão fazes-me morrer
Nos teus dedos acontecer
Em quadro negro pau de giz
Em húmida tinta escrever
Em arrojado satisfazer
Palavras nuas subtis
Poético orgasmo
Louco prazer
musa

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

NO TEU COLO (para ti… por esse amor que fizemos todos os dias…)


Depois do amor
A pele fria
Quente
O ser

No teu colo
Até ser dia
Aninhada
Nudez

Já não nos bastam os sentidos
Nada apaga o desejo a arder
Depois de acendido o prazer
Nos poros de amor ardidos

Onde me queres tanto assim
Acesa na pele essa saudade
Essa intensa vontade sem fim
Teu húmido fogo sensualidade

Continuo nos teus braços
No aconchego do teu sentir
Enrolo-me no calor dos teus abraços
Até que o beijo de novo a permitir
Me deixe todos teus sentidos descobrir

Fazer amor contigo penetrar-te
Tudo nas tuas mãos consentir
Abraçar-te sentir teu calor teu cheiro
Entranhar-te de aromas e suor
O teu perfume a tua sensualidade
Odores que te desejam todo inteiro
A tua vontade em sentires-te amada
Universalidade de um só desejo
Nos meus braços acarinhada
Nos meus lábios doce beijo
Entre o tesão e o amor
No auge do nosso fulgor
Sentir o teu peito com cio
Sentir o nosso tesão em foder loucamente
Sentir como te aqueço o frio
Na minha pele sentidamente
Chupar-te os mamilos até te vires
E por mim amar-te eternamente
Penetrada até me sentires
Amada docilmente
musa

domingo, 21 de outubro de 2012

DESLUMBRE

Foi esta tarde no chuveiro
Num desejo intenso oculto
Tive-te na bruma vulto
Todo meu todo inteiro
Em deslumbre sedução
Vislumbre sentido tesão
Na água a escorrer
Em banho de prazer
Doce emulsão
De sentidos
Banho de caricias
Sussurros gemidos
Doces delícias
A inundar-nos despidos
Na água a correr
Nos corpos quentes
Perdidos a gemer
Fundidos prementes
Em nevoeiro a descer
Pelo todo de nós
Na rouquidão da tua voz
No meu ouvido a sussurrar
Quero tanto te amar
Em húmida loucura
Desenhada silhueta
No vidro embaciado
Vapor que tortura
O corpo marcado
Flor borboleta
De amor suado
A mão que me usa
De gozo sem fim
Orgasmo vibrante
Louco amante
Pulsante
Faz de mim
Tua musa
musa

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

PROFANO ALTAR


Há desejo escondido
No verso do teu sentido
Em profano altar
Fazes do meu dorso poesia
No teu olhar heresia
Um só desejo penetrar
Na mais doce fantasia
Excitada ousadia
No teu olhar

Cobiças altar sagrado
Cirio aceso em prece
Romper leito imaginado
Como a mão que a teia tece
De luxuria e tesão
Somente apetece
Ter de prazer

Profundo ereto fundido
Secreto intenso gemido
Deixa romper
Em gozo vaivém
Gulosa delicia apertada
Doido querer
Daqui e daquém
Desfalecer
Todo sentido
Doce prazer
Perdido
musa

PULSAR


Duro desejo
Puro cristal
Pulsar na boca
Húmido beijo
Doce genital
Flor louca
Zenital
Endurece
Excitação

Desfalece
No frio tesão
Vibra e treme
Apetece
Penetrar
Fusão
De sentir
Permitir
Gozar

Vulcão quase rio
Quase a vir
Lava aquecida
Esfriada
Fugidio
Adormecida
Adocicada
Enlouquecida
Ritmada
musa