RESSENTIMENTO
Ah... cavalos fossem teus olhos de semblante vazio
E viessem para a pradaria carnal do meu sentir
Teu olhar rebelde selvagem indomável sombrio
Da fúria da tempestade no temporal pudesse fugir
E os cavalos os teus sentidos
O trote aceso enfurecido
O mais insano e louco sentido
Cavalos soltos fugidos
Debaixo da chuva a cair
Na crina das tuas mãos raios violentos
O embalo do gozo bravio a sacudir
Os nossos gemidos em trovões e ventos
E a pele o prado verde o pasto humedecido
O corpo onde matar a sede do olhar enfurecido
Não há mais cavalos a cavalgar
As tempestades dos nossos encontros
Não há mais temporais a enfrentar
Nem mais sentidos nem mais confrontos
Fecharam- se os olhos a um não querer
A chuva parou em ressentimento
Na pradaria não sopra mais o vento
Mas a trovoada geme de prazer
São as tuas mãos húmidas quentes
A erva molhada a endoidecer
Ressentida sei que ainda me sentes
Correm em mim os cavalos da saudade a estremecer
...
musa
1 comentário:
https://youtu.be/iS9OmqKkhDY
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