Num círculo de labaredas
Cerca-me teu corpo ardente
Um soluçar de sentidos
Insistente gracejar
Fúria de chamas
A crepitar
Línguas de fogo rondam
Tua nudez arder
Desmedido prazer
Minhas mãos mondam
As ervas do fogo lento
Num olhar atento
Vigiam chamas
Que desejo
Inflamas
De beijo
Quente
Queimo delinquente
Na pira da tua pele fogueira
Consome-se de qualquer maneira
Arde devasso e delicado
O poema que sente
Teu corpo pecado
De gozo demente
Incinerado
Quase em brasas cinzas frias
Tal essa doida combustão
A pele estala de estrias
Na loucura do tesão
Delírio explode em chamas
Voraz martírio inflamas
No poema de vontade consumido
Corpo envolto em labaredas
Num desejo consentido
Pelo prazer enveredas
Doido perdido
Fogo ateias
Ao toque da derme
Chamas incendeias
A pele treme
Excitação
Sedução
Paixão
…
musa
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