Ainda me sabe a pele
A esse teu abraço
Na concha noite que me teve
Macia silenciosa leve
Instante desse dócil cansaço
Que corpo com corpo concebe
E no prazer trespasso
O abraço breve
Em concha
Na noite
Quieta
Ainda em mim desperta
Calor de todos os sentidos
Pele com pele compelidos
Na noite em concha a amar
E assim lembrando esse ficar
Perdidos no instante do abraço
Feitos de suor fogo e prazer
Afogueados no adormecer
Na doçura de todo cansaço
Deixamos acontecer
Depois do amor descansar
O que num abraço desfaço
O laço que teima em nos atar
Aconchegados nesse vibrar
Dos corpos das peles tremendo
Num alvorecer surpreendo
A noite em concha deitada
Sobre os corpos saciados
A concha num abraço fechada
E os sexos desassossegados
Sobre o peito ainda rijo
E o teu falo reacendido
Entre os dois esconderijo
Esse amor que já foi feito
E em nós foi fundido
Mancha húmida no leito
Mostra o dever cumprido
A tua mão no meu peito
Engrandece esse sentido
E o prazer conseguido
…
musa
1 comentário:
Nunca me canso de lhe agradecer os seus poemas, minha querida musa, que me inspiram tanto... Pode crer que a minha companheira também lhe agradece.
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