A cada olhar teu esfomeado
O meu fica enfeitiçado
O corpo morre de sede
Estende a sua rede
e… apanha-te
e o teu cede…
Um beijo tomba-se da boca e precede
Esse amainar de desassossego
Onde de desejo sinto breve
Encantamento enlevo
Na pesca dos teus sentidos
Me entrego e me enredo
No lago dos meus gemidos
Transbordando inquietude
Gritos reprimidos
Perdendo latitude
Em ti me atrevo
Vou sendo
Por secretos sinais vou te lendo
Imano fluidos presos na terna lassitude
Das raízes soltas nos teus lábios doces
Ainda que fonte em mim tu fosses
A água desprendida em lava
Onde de vontade sucede
E por dentro se excede
Esta ousadia escrava
Que o penetrar antecede
E de querer se alaga
Por todo o corpo
Inteiro
Nas mãos do cativeiro
Empreendo suave rocio gozar
Acendendo húmido braseiro
Como a pétala orvalhada
Deixo-me titilar
Que a madrugada
Parece beijar
Acariciar
Afagar
Seu cheiro
Melado
Gozado
E a tua boca as margens desse rio
Nos meus lábios outro rio provocado
Deixo-me sentir em ti
Nesse beijar bravio
De duas bocas sedentas
Da tua consenti
Saciando o pavio
De chamas lentas
Assumi
Ser
Sou na tua boca enchente prazer…
…
musa
1 comentário:
Esse blog é fogo puro...rsr. Quando eu crescer quero um assim..rs. bjs.
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