Na ranhura da nudez
Altivo seio compõe
Pele palidez
Do ser
Melodia orvalhada de sentir
A cada toque teu o prazer
Nas cordas consentir
Em gotículas beber
Sem eu te pedir
Néctar florido
Carícia nua
Doce sentido
Esquiva lua
Deixa-se ver
Serenamente
Furtivamente
Porque anoitece
Corpo nu estremece
Chuva pálida cinza
Pela janela a escorrer
E a tua carícia ainda
No meu corpo a tremer
Por entre a vidraça aberta
Nos meus olhos imaginada
Perde-se a lembrança secreta
Duma nudez amordaçada
Entre o tempo e a vida
Numa pauta de sentidos
Esconde-se lua furtiva
Soberano encaixe
Carícia onde se enfaixe
Melodia e desatino
Pele violino
E o seio nu
…
musa
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