trago o tempo fundido
em sulcos de pele
por ti rasgados
os teus beijos
de barro
lavram em mim
gostos desejos
loucos pecados
vales montanhas
planícies sem fim
trago o olhar perdido
corpo arado de loucura
nos lábios doce gemido
na boca húmida secura
trago adentro
terra de encanto
o ser sentido
sem pressas fendido
soltas raízes
de leite derramado
cresces rio
invadindo a margem
espalhas teu ser
em qualquer lado
deixas alegria
sonho pranto
dócil poeta selvagem
que de palavras
amo tanto
...
musa
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