toca-me
se souberes
como te sinto
estranha
tua mão
enfeitiçada
toca-me
se sentires
que não te minto
mas se não
quiseres
guardar-me
não me digas
nada
molha as mãos
na água fria
entre uma onda
e outra vindo
apossa-te
da praia vazia
enquanto
ainda te sinto
toca-me
se souberes
por onde
invade interior
deixa teu calor
consentido
deixa-te
por ai
perdido
onde vontade
se esconde
salpica
tuas mãos
molhadas
quero sentir
essa humidade
como vagas
provocadas
entre prazer
e ansiedade
toca-me
desejo e impulso
tidas tuas mãos
marcas do meu prelo
quero sair palavra
distribuida avulso
sem marcas de água
inscrita inversa
folheto singelo
na tua pele
degelo
impressa
sentida
...
musa
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